O 25º Aniversario de "A Pequena Sereia"



Bem, é isso. "A Pequena Sereia" da Disney completa 25 anos e nós estamos ficando mais velhinhos, mas antes vamos falar um pouco mais sobre esta obra que marcou a nossa infância e nos fez ver as sereias de uma forma diferente antes mesmo de termos acesso ao conto de Hans Christian Andersen.





The Little Mermaid - "Part of Your World" Crab-E-Oke



Curiosidades (Por AnimaToons)

• Assim como A Bela e a Fera, as origens de A Pequena Sereia nos estúdios Disney datam muitos anos. No final da década de 30, o próprio Walt Disney considerou transformar A Pequena Sereia em um filme de animação. A história seria parte de um longa-metragem contendo diversos segmentos inspirados em contos de Hans Christian Andersen. O artista e ilustrador Kay Nielsen (responsável pelos visuais dos segmentos “Night on Bald Mountain” e “Ave Maria” de Fantasia) preparou um número de rascunhos de história em pastéis e aquarelas para o filme. Quando a produção de A Pequena Sereia foi cancelada, o trabalho de Nielsen foi colocado nos arquivos Disney, onde ficou até ser redescoberto pelos artistas do estúdio nos anos 80, que estavam prestes a começar trabalho em sua versão da história. Os desenhos de Kay Nielsen serviram de grande inspiração para os artistas, tanto que ele recebeu um crédito de “desenvolvimento visual” no filme.

• Pouco tempo após a nova gerência ter assumido os Estúdios Disney em 1984, vinte membros do Departamento de Animação foram reunidos para um encontro com Michael Eisner (então chairman da companhia), Jeffrey Katzemberg (então presidente da Disney Animation) e Roy Disney. Para cada um foi dada a tarefa de surgir com três idéias para um filme animado. Ron Clements havia pesquisado em uma livraria e encontrou uma coleção de histórias de Hans Christian Andersen. Sua sugestão de A Pequena Sereia gerou imediato entusiasmo. O assunto foi acolhido pelos animadores – finalmente ele estariam livres das limitações da gravidade, pois seus personagens poderiam nadar e mergulhas na água. O ambiente submarino parecia convidativo, com castelos e naufrágios e uma inteira civilização submarina.

• O time de compositores Alan Menken e Howard Ashman foram trazidos à atenção do chairman da Disney Feature Animation Jeffrey Katzemberg por seu colega de longa data (e futuro co-fundador da DreamWorks) David Geffen, que estava produzindo o musical da dupla “Little Shop of Horrors” (A Pequena Loja dos Horrores).

• O animador Glen Keane, na época conhecido pela sua animação de vilões “pesados” como o urso de O Cão e a Raposa e Ratagão de As Peripécias de um Ratinho Detetive, originalmente havia sido chamado pelos diretores John Musker e Ron Clements para supervisionar a animação da vilão Úrsula. Para a surpresa dos diretores, Keane protestou dizendo que queria animar Ariel. “Você sabe desenhar garotas bonitas?” eles perguntaram. Ariel acabou sendo a primeira heroína do currículo de Kane, que viria incluir Pocahontas e outros protagonistas como Aladdin e Tarzan. • Para ajudar na criação dos movimentos de Ariel, os animadores da personagem usaram como modelo real a atriz/escritora Sherri Stoner. Stoner atuou diversas cenas do filme submergida em um grande tanque. Ela voltaria a fazer a mesma função para a Disney alguns anos depois, servindo de referência para a personagem Belle de A Bela e a Fera. Apesar da prática de usar modelos reais como inspiração ser comum desde os tempos de Branca de Neve e os Sete Anões, nem todos animadores aprovavam o procedimento. Glen Keane, supervisor de animação de Ariel, disse em uma entrevista que um animador preferiu largar o projeto ao trabalhar com referências live-action.

• Nos estágios iniciais da produção, um enorme aquário foi movido para o prédio da animação onde os animadores freqüentemente se reuniam para desenhar e estudar os diferentes tipos de peixe. Fotos de pesquisa da National Geographic e livros de referência eram colados nas paredes dos quartos dos animadores.

• Originalmente, Sebastião teria um sotaque britânico. Foram os compositores Howard Ashman e Alan Menken que sugeriram que ele fosse jamaicano. Isto abriu a porta para números com estilo calipso como “Under the Sea”. Também foi idéia deles que Ariel expressasse suas esperanças e sonhos em uma canção no início, uma influência obviamente vindo da Broadway. “Em quase todo musical já escrito,” Ashman explicou, “há um lugar geralmente no início de cada show onde a personagem principal senta em alguma coisa e conta sobre o que ela mais quer na vida. Nós pegamos emprestado essa clássica regra da construção de um musical da Broadway para “Part of Your World”. Por Jodi Benson (a voz de Ariel) ser uma atriz que canta, ela foi capaz de demonstrar uma imensa quantidade de alma e especificidade em sua performânce”. De fato, Benson foi apenas a primeira de muitos artistas da Broadway que iriam emprestar suas habilidades vocais para essa nova geração de musicais Disney.

• Quando Ben Wright conseguiu o papel de Grimsby, o mordomo do Príncipe Eric, o pessoal trabalhando na Disney na época não sabia que ele já havia trabalhado para o estúdio em uma outra ocasião, sendo a voz de Roger de 101 Dálmatas em 1961.

• Um dos personagens cortados do filme foi Clarence, uma tartaruga que seria professor de música de Ariel.

A Pequena Sereia foi o filme Disney a conter a maior quantidade de efeitos especiais desde Fantasia (1940). Cerca de 80% do filme precisava de algum tipo de efeito. A seqüência da tempestade que dura apenas dois minutos na tela ocupou 10 artistas de efeitos especiais durante um ano até ser completa.

• Os diretores insistiram que cada uma das milhares de bolhas no filme fosse traçada à mãos nas células, e não simplesmente copiadas via Xerox. O trabalho manual requerido para este trabalho levou a Disney a terceirizar a maior parte do trabalho de desenhar bolhas para Pacific Rim Productions, uma firma chinesa localizada em Beijing.

• Uma tentativa de usar a famosa câmera de planos múltiplos da Disney pela primeira vez em anos para planos com profundidade falhou porque a máquina, sempre um monstro para utilizar por causa de seu enorme tamanho, estava em condições precárias. As cenas de planos múltiplos tiveram que ser terceirizadas para outro estúdio.

• Este foi o último filme de animação da Disney a ser produzido utilizando o tradicional processo de câmeras analógicas e células pintadas à mão usado desde a época de Branca de Neve e os Sete Anões. Também foi o último a usar o processo xerográfico de transferência de desenhos para células inventado por Ub Iwerks, utilizado desde 101 Dálmatas (1961). A partir do próximo animado do estúdio, Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus, todos os filmes seriam compostos e coloridos utilizando uma nova tecnologia de computação chamada CAPS. O programa foi testado pela primeira vez na cena final de A Pequena Sereia, que foi colorida utilizando o sistema CAPS.

• Pequena Sereia, cerca de um milhão de desenhos foram feitos durante a produção. 1000 cores diferentes foram utilizadas em 1100 cenários.

• Grande cuidado foi tomado com o uso de cores no filme, especialmente com a compensação de tons de pele e cores de cabelo nos diferentes ambientes e fontes de luz. Houveram 32 modelos de cor criados apenas para Ariel e suas inúmeras trocas de roupa (de cauda de sereia ao vestido maltrapilho ao vestido de casamento). O laboratório de tintas da Disney até inventou uma nova cor apropriadamente chamada “Ariel” para a tonalidade verde-azul de sua cauda.

• Na cena de abertura quando o Rei Tritão chega na arena, é possível ver Mickey, Donald e Pateta na platéia quando o rei passa de carruagem sobre eles.

• Os nomes das irmãs de Ariel são Aquatta, Andrina, Arista, Attina, Adella e Alana. O nome completo de Sebastião é Horacio Thelonius Ignatius Crustatious Sebastian.

• Na mitologia grega, Poseidon é o Rei dos Mares. Tritão, no entanto, é um de seus filhos.

• Durante o filme há diversas cenas de Ariel sentada em uma pedra, em uma pose semelhante à da estátua da Pequena Sereia situada em no porto de Conpenhagen.

• A caverna de tesouros de Ariel inclui a pintura “Magdalene With The Smoking Flame” pelo artista do século 17 Georges de La Tour.

• Um rumor espalhado nos anos 90 é que o padre rezando a missa de casamento de Eric e Vanessa está tendo uma ereção durante a cena. Na verdade, o que está se movendo sob a túnica do padre são seus joelhos, como é possível comprovar em um dos planos seguintes. Ainda assim, isso não impediu moralistas furiosos de protestarem abertamente (e ao menos um processo foi movido contra o estúdio).

• A mistura de humor, música e clássica narrativa de A Pequena Sereia atraiu o público como nenhum filme de animação Disney havia em muito tempo. O filme lucrou $84 milhões nas bilheterias norte-americanas em 1989, se tornando a maior bilheteria para um filme de animação em seu lançamento original (em valores não ajustados pela inflação). O animado foi responsável pelo renascimento de dois gêneros que haviam perdido sua força nos últimos anos: o filme de animação e o musical. Ajudado pelos sucessos anteriores de Oliver E seus Companheiros e Uma Cilada Para Roger Rabbit, A Pequena Sereia devolveu o brilho da animação Disney perante aos olhos do público, cujo interesse no estúdio havia caído drasticamente durante os anos 70 e 80. O sucesso do filme abriu as portas para outros sucessos ainda maiores, como A Bela e a Fera, Aladdin e O Rei Leão.

• A popularidade de A Pequena Sereia com o público refletiu na explosão da venda de merchandising que se seguiu após o lançamento do filme. O sucesso do filme pegou a Disney e os distribuidores dos produtos de surpresa, pois há anos não se via tanto interesse em personagens novos criados pelo estúdio.

A Pequena Sereia foi premiado com os Oscar da Academia de Melhor Canção (“Under The Sea”) e Melhor Trilha Sonora. Este foi o primeiro filme Disney a receber um Oscar desde Se Minha Cama Voasse (1971), embora outros foram indicados.

• Quando lançado em vídeo em 1990, vendeu cerca de oito milhões de cópias.

• Apesar dos protestos de alguns dos artistas que trabalharam no filme original, A Pequena Sereia foi um dos primeiros longas-metragens da Disney a inspirar sua própria série animada em 1992, um prática que viria a se tornar comum nos próximos anos. Com 31 episódios, a série se passava antes dos acontecimentos do filme e contava as aventuras de Ariel no fundo do mar antes de se tornar humana. Em 2000, A Pequena Sereia ganhou uma continuação de baixo orçamento lançada diretamente para o vídeo, chamada A Pequena Sereia II: O Retorno Para O Mar. Criticado pela animação abaixo da média e pelo roteiro reciclado do primeiro filme, a seqüência conta a história de Melody, a filha adolescente de Ariel que sonha em se tornar uma sereia. Tanto a série quanto a continuação contaram com o retorno de uma boa parte do elenco original, como Jodi Benson (Ariel), Samuel E. Wright (Sebastião) e Pat Carrol (Úrsula no original e no seriado, e a irmã Morgana na seqüência).

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Apesar de "Part of Your World" ser vista como a canção principal do longa e "Kiss th Girl" ser umas das musicas masi regravadas por sua fofura foi "under the sea" a ganhadora de três dos principais premios do cinema, o Grammy de Melhor canção composta para filme,Globo de Ouro de Melhor Canção Original,Óscar de Melhor Canção Original, isso é claro além do Oscar e Globo de Ouro de Melhor Trilha sonora.

The Little Mermaid Crab-E-Oke: Under the Sea



Assista também ao documentario do filme:



Devo todos os créditos da sessão "Curiosidades" ao site "AnimaToons".
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